Sou obrigada admitir que muitas vezes seres humanos sao irritantes. E me incomodam.
Claro que essa irrititabilidade se agrava em épocas de TPM como a que tenho o prazer de viver atualmente, entretanto o argumento sigue o mesmo.
De fato, viver em uma sociedade onde, obviamente, cada um tem suas ideias, seu caráter, suas vontades é agonizante. Ninguém respeita o que se entende como correto, bom, correto do ponto de vista de cada um e ainda assim se faz necessário respeitar a vontade alheia. Senao corremos o risco de piorar e bastante a sobrevivencia num mesmo mundo.
É assim que funciona, injusto assim.
Entre muitas coisas que aprendi vivendo em Madrid e conhecendo pessoas de lugares extremamente diferentes foi que apesar de cada um ser um indivíduo, o problema está na educaçao que cada um leva consigo. O grau do senso comum que cada um possui. O tamanho do egoismo que o ser humano pode carregar.
É o que imagino que faz a convivencia nesse mundo muitas vezes insuportável.
Analiso muitas vezes a atitude das pessoas que vivem em meu entorno ou pessoas que simplesmente passam por la vida e me surpreendo com a capacidade que cada um tem de ser indiferente â absoutamente tudo que nao lhe diz respeito.
De viver em seu minusculo e triste buraco e crer que nao há nada além dele.
Sou incapaz de nao enxergar o que vejo, de manter a postura de que estou acima das banalidades da vida. Ou melhor, as banalidades de que a vida é feita.
Se respeitassemos ao menos o limite de cada um, se soubéssemos colocar-nos um no lugar do outro suponho que a tarefa de viver seria mais fácil.
Em dias como hoje, os que tenho vontade de matar todos e cada um dos seres viventes na Terra, me resta continuar compreendendendo a individualidade de cada um ainda que nao compreendam a minha.
Em dias como hoje, devo recordar que também sou imperfeita e que também posso falhar.