lunes, 8 de septiembre de 2008

=(

Passo todos os dias da minha vida filosofando. pensando na atitude das pessoas e em como elas influenciam tudo que existe. E que, de fato, é impossível viver sozinho.

Gosto de escrever sobre o meu ponto de vista de tudo que me cerca. Obvio é muito mais fácil falar e criticar os defeitos alheios do que reconhecer que eu também os tenho.

Me incomoda tanto pensar sobre o que tenho feito de cada dia, pensar em como tudo podia ser diferente, pensar em como cada vivencia me transformou no que sou hoje e descobrir que nem tudo o que sou é digno de admiraçao.

Acordo e durmo todos os dias com a sensaçao de que esta faltando alguma coisa. Por mais que existam dias que sabemos que demos todo nosso melhor, há dias que naum. Mas em ambos a sensaçao sigue comigo, como for. Olho a minha volta e vejo seres humanos tao felizes com aquilo que possuem e eu sempre jogada pelos cantos fazendo perguntas sem resposta.

Primeiro acreditei que o que me faltava era uma família. Mas entendi que família nada mais que sao que pessoas que tem o mesmo sangue e sobrenome que o seu. O que nem de longe significa que sao pessoas que merecem seu amor e respeito.

Entao substitui a família por amigos e fui muito feliz na troca. Porque pela primera vez tive enfim uma familia. Soube o que é um abraço sincero, o que é morrer de rir pelo fato de estarmos todos juntos. O que é estar exatamente onde se quer estar.

E apesar de experimentar ser feliz, segui vazia. E entao pensei que talvez o que me faltava era amor. Investi com todo meu coraçao em anos e anos aprendendo e ensinado o que era amar. E posso dizer que sei o que é o amor sim. É interessante aceitar uma pessoa conhecendo tudo que tem de bom e mal nela. Desejar estar com alguém mesmo que te doa. mesmo que se perda o respeito, mesmo que se perda a amizade, a dignidade. mesmo que sejam minutos ou segundos. Ver o olhar de um provavel filho na cara dela. Morrer cem vezes numa mesma noite sentindo tanto tanto sua falta.

Enquanto vivia o amor comecei a ver aquilo tudo tao monotono, tao igual que sempre. Mas me mantive a cada dia, porque era minha unica chance de preencher meus dias de solidao, minha vida vazia.

E entao me levanto da cama um dia deixando de ser egoista. Deixei de estar com pessoas para me sentir melhor. E por mais que tenha sentido o maior medo que já pude sentir, entendi, uma vez mais, que o que busco naum depende de ninguém.

E por fim, resolvi mudar de vida, começar do zero em um mundo paralelo, com pessoas que jamais imaginei conhecer. Vendi tudo que eu tinha e somei ao resto de coragem que me restava e mudei de mundo. E nesse novo mundo somei todas as vivencias que tive na vida e me tornei invisível, apatica, alheia, indiferente.

E agora ando vagando sem saber para onde ir. Porque sei que toda minha vida foram tentativas fracassadas de encontrar algo que eu nem sei se existe. Jamais encontrei por minhas andanças alguem que sentisse o mesmo que eu. pelo menos naum com a mesma intensidade, naum como unico objetivo. Assim como se naum existisse nada nem ninguém semelhante, como se nada que existe te pudesse indicar a direçao.

Quem me dera atravessar alguma porta como nos desenhos animados e entender o porquê de cada uma das coisas.

O pior que uma pessoa pode levar consigo é o sentimento de que sobra no mundo.

E eu já naum sei mais nem a que mundo pertenço.

miércoles, 30 de julio de 2008

Admirável Mundo Novo


Sou obrigada admitir que muitas vezes seres humanos sao irritantes. E me incomodam.

Claro que essa irrititabilidade se agrava em épocas de TPM como a que tenho o prazer de viver atualmente, entretanto o argumento sigue o mesmo.

De fato, viver em uma sociedade onde, obviamente, cada um tem suas ideias, seu caráter, suas vontades é agonizante. Ninguém respeita o que se entende como correto, bom, correto do ponto de vista de cada um e ainda assim se faz necessário respeitar a vontade alheia. Senao corremos o risco de piorar e bastante a sobrevivencia num mesmo mundo.

É assim que funciona, injusto assim.

Entre muitas coisas que aprendi vivendo em Madrid e conhecendo pessoas de lugares extremamente diferentes foi que apesar de cada um ser um indivíduo, o problema está na educaçao que cada um leva consigo. O grau do senso comum que cada um possui. O tamanho do egoismo que o ser humano pode carregar.

É o que imagino que faz a convivencia nesse mundo muitas vezes insuportável.

Analiso muitas vezes a atitude das pessoas que vivem em meu entorno ou pessoas que simplesmente passam por la vida e me surpreendo com a capacidade que cada um tem de ser indiferente â absoutamente tudo que nao lhe diz respeito.

De viver em seu minusculo e triste buraco e crer que nao há nada além dele.

Sou incapaz de nao enxergar o que vejo, de manter a postura de que estou acima das banalidades da vida. Ou melhor, as banalidades de que a vida é feita.

Se respeitassemos ao menos o limite de cada um, se soubéssemos colocar-nos um no lugar do outro suponho que a tarefa de viver seria mais fácil.

Em dias como hoje, os que tenho vontade de matar todos e cada um dos seres viventes na Terra, me resta continuar compreendendendo a individualidade de cada um ainda que nao compreendam a minha.

Em dias como hoje, devo recordar que também sou imperfeita e que também posso falhar.



lunes, 28 de julio de 2008

Carta Coringa

Se pudesse me descrever em poucas palabras, diria que sou uma inconformista - acomodada - otimista.


Mais que tudo inconformista. Inconformista entendemos que é aquele individuo que nao aceita a ordem moral, política e social do meio em que vive. E independentemente de nao as aceitarmos somos obrigados a conviver com elas, por mais injusto que isso pareça. Ou seja.

Acomodada, porque por mais injusto que pareça ou seja muitas vezes naum somos capazes de fazer absolutamente nada. Continuamos sentados em nosso sofá assistindo a tragedia em que o mundo se transfoma, abrindo a boca muitas vezes somente para julgar um e outro. Ou para comer a pipoca que repousa sobre nossas barrigas.

E otimista, porque ainda que naum aceite a ordem moral política e social do meio em que vivo e, pouco faço para mudá-la, acredito que um dia as coisas serao melhores. Acredito que um dia minha mediocre vida podera chegar a ser um poco do que imaginei que seria com meus 15 anos. Acredito que um dia poderei ser feliz se é que a felicidade mesmo existe. Acredito que vou encontrar o que tanto busco e definitivamente num sei o que é.
Ou morrer tentanto.
Morrer tentando me parece exageradamente dramático. Ao mesmo tempo que sona como un ato de coragem dos que tem muita fé em sabe-se-lá-o–que, sona como se no fundo ja soubessemos que tudo é em vao.
Tenhu amigos que acreditam puramente na fisico-quimica e que me dizem que simplesmente vivemos por viver, nao ha nada alem do que ja conhecemos. O amor por exemplo nao passa de um desencadeamento físico psíquico de algo que queremos experimentar.
Pode parecer puro niilismo. É dizer filosóficamente que o mundo, em especial os seres humanos, nao possuem de manera objetiva nenhum significado, propósito, verdade compreensivel ou valor esencial que nos torna imprescindiveis ou até mesmo necessários.
E o pior é que por mais que acredite cegamente nisso e por mais que essa seja a verdade mais absoluta que compreendi, algo dentro de mim, provavelmente meu lado otimista, diz que as coisas tem seu porquê de ser, as pessoas se encontram por uma razao e a vida naum pode ser simplesmente uns anos que pasam sem nenhum sentido.

Espero um dia naum olhar para mi mesma no espelho e continuar vendo uma pessoa que naum tem lugar nesse mundo. Como já dizia Jostein Gaarder. "Somos coringas em um baralho". Sim, aqueles que naum se encaixam en nenhum naipe e que muitas vezes sao descartados. Ora bastante valiosos, ora simplesmente descartados.


domingo, 30 de septiembre de 2007

Madrid

Desde que cheguei em Madrid me sinto em casa. Adoro a idéia de estar sozinha no mundo. Adoro estar sozinha. Muitas pessoas dizem que é uma maneira de me defender de possíveis desilusoes e de certa forma até concordo. Mas se essa foi a forma que encontrei de naum sofrer mas do que já sofri - parabéns!
Gosto de estar aqui e saber que nada sabe quem sou, o que fui. Aqui vc pode ser o que quiser, pode começar do zero, ser uma santa ou uma puta. Dá na mesma. Todos vem pra cá com um esmo ideal: mudar de vida, fazer algo melhor pelo seu futuro e isso custe o que custar. E me parece incrível que tantas pessoas de lugares tao diferentes possam viver juntas e viver bem. Há de tudo em Madrid, menos espanhóis. hahahaha. Pode parecer exagero, mas é verdade. Tantas culturas, tantos hábitos, tantos idiomas.
As coisas pioraram pra mim desde que comecei a trabalhar numa lan house. Sim, pq além de Internet há cabines telefônicas para fazer chamadas. E com isso tive oportunidade de conhecer e falar com pessoas de todos os lugares do mundo. Cada uma com sua vida, sua história e sou um pouco psicóloga de todos. Sei da vida de todos meus clientes, pq eles fazem questao de dividi-la comigo. Talvez pq seja uma única cara amiga que encontram depois de uma ligaçao aos seus filhos que estao na Romenia, ou depois de terminar o namoro com um cara que está no Equador, ou depois de descobrir que todo o dinheiro que enviou para a República Dominicana foi roubado. Talvez pq se identificam comigo, por saber como é dificil estar aki trabalhando como uma cachorra por um futuro incerto.

*Trabalho das 11hs as 23hs pra ganhar 600 euros.

Uma coisa é verdade, tenho muito que aprender nessa vida. E quando acho que já vivi muito, me lembro que tenho apenas 25 anos. E me dou conta que a vida é foda, mas pode ser boa também. La puta vida.

domingo, 23 de septiembre de 2007

o que realmente me preenche é o vazio

Sempre tive vontade de escrever minhas idéias em um blog. Mas na verdade nunca acreditei que essas interessariam a alguém...talvez pq muitas delas nem interessam a mim mesma.

Mas creio também que há muitas coisas proveitosas em nossas cabeças, coisas que merecem ser ditas e lembradas.

Bem como passamos por coisas em nossas vidas que ninguém mais passou e issu te faz ser o que é. Te faz ser único.

Me dá igual que ninguém queira saber o que faço com meu tempo. Mas poder estar aqui contando um pouco do que sou, faz toda a diferença pra mim.

A diferença está em poder contar a verdade nua e crua. Sem pudores, sem principios, sem vergonha. Sem vergonha de ser exatamente o que sou.

Pois sim, criei meu próprio blog.